A escola que acomoda deslocados em Chiúre é lugar de descanso de pés sujos e rachados pelas fugas recorrentes de milhares de famílias moçambicanas de Cabo Delgado, mas também de reencontros dos que se perderam na corrida pela vida, noite e dia, pelo mato. Como Afonso Vasco, camponês, de 49 anos, que perdeu a filha por três dias, na fuga, e continuou a viagem a pé, sem hesitar nem olhar para trás. Tinha outros sete filhos para salvar dos terroristas.
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Pés cansados não esperam na fuga ao terror em Moçambique
Reportagem na província de Cabo Delgado, no Norte do país, onde famílias inteiras fazem dezenas de quilómetros a pé para escapar a grupos jiadistas. Quem viveu estes momentos dramáticos conta a sua experiência de horror