É visível o prazer que Dariusz Stola tem em mostrar como se coloca ao peito um narciso amarelo de papel. “Está a ver? Dobra-se para fora e fica com esta forma.”
É inconfundível a forma a que se refere o historiador polaco, que o Expresso encontrou nas ruas de Varsóvia, esta quarta-feira, a distribuir flores de papel a quem passava. Aberto, o narciso torna-se estrela de David, símbolo do judaísmo que tanto reluz hoje no centro da bandeira de Israel como foi instrumento de marginalização de quem era obrigado a ostentá-lo ao peito ou numa braçadeira durante a ocupação nazi.