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Herói ou “vaidoso armado em Churchill”? Volodymyr Zelensky é a nossa figura internacional de 2022

Se o Presidente ucraniano tivesse acreditado que a Rússia chegaria a Kiev em três dias, como Putin e muitos líderes e militares ocidentais supuseram que aconteceria, poderia ter aceitado a boleia americana. A guerra teria sido breve, os ucranianos estariam submetidos e a Europa seria diferente

Presidência da Ucrânia via AFP

“A luta é aqui. Preciso de munições, não de boleia.” Não se sabe se foi mesmo assim que Volodomyr Zelensky respondeu a uma suposta oferta americana para retirá-lo da Ucrânia, no dia em que começou a invasão russa, mas, na verdade, o rigor do episódio não importa. Como escreveria semanas mais tarde o fact checker do “Washington Post”, “no mundo das notícias aspiramos relatar com precisão quem disse o quê, mas esta frase tornou-se tão associada ao valor de Zelensky que, nesta altura, nenhuma verificação de factos provavelmente importará”.