— Nada me garante que você, sendo jornalista, não tenha no seu telemóvel um malware, como um trojan, infiltrado. Não sei se você é um alvo importante para os interesses israelitas [risos] mas é possível.
— Esperemos que não, esperemos que não…
— Tenha cuidado com tudo aquilo que instala e a que acede. Estamos num mundo em que a ciberespionagem é comum.
Quem avisa é Pedro Veiga, antigo coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), conhecido como o “pai da internet em Portugal”, com quem o Expresso conversou a propósito do escândalo relacionado com o ‘spyware’ Pegasus, um programa de ciberespionagem desenvolvido pela empresa israelita NSO capaz de monitorizar o telemóvel de qualquer pessoa e que permite aceder a mensagens, e-mails, fotografias, vídeos e até mesmo efetuar gravação de chamadas do utilizador.