“O MPLA está preparado para ter Adalberto da Costa Júnior como Presidente de Angola?” A pergunta, disparada à queima-roupa pelo embaixador de um país da União Europeia (UE) em recente audiência, apanhou de surpresa Paulo Pombolo, secretário-geral do Movimento Popular pela Libertação de Angola, que governa o país desde a independência. Também deixou em estado de alerta a sua liderança.
O recado sinaliza, de forma acintosa, o sentimento de saturação que parece ter-se apoderado do Ocidente ante um longo ciclo de governação que continua a manter Angola refém da corrupção, como atesta o escândalo de desvio de mais de dez milhões de dólares (8,2 milhões e euros), protagonizada por altas patentes de um dos centros nevrálgicos do seu próprio poder: a Casa Militar do Presidente.