Os sete foram julgados à porta fechada desde meados de maio em Mogilev, no leste do país, por terem participado nos "grandes distúrbios", uma referência ao vasto movimento de protesto pós-eleitoral de 2020, reprimido fortemente pelo regime do Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko.
Esta decisão surge quando a Bielorrússia enfrenta novas sanções europeias, após ser acusada de desviar para Minsk um avião da companhia aérea Ryanair, que fazia a ligação entre Atenas e Vílnius no domingo, a fim de deter Roman Protasevich, um jornalista de oposição de 26 anos que estava a bordo do aparelho.
Severinets, que liderava o Partido Democrata-Cristão, um partido não registado, foi detido em junho de 2020, enquanto recolhia patrocínios para um candidato da oposição nas eleições presidenciais de agosto.
O opositor, que já cumpriu três anos de prisão na década de 2010 devido ao seu ativismo político, está detido há 11 meses e, portanto, não pode participar no vasto movimento de protesto do verão e do outono passado contra a reeleição do Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko.
As outras seis pessoas que foram hoje sentenciadas também são ativistas contra o Governo.
A oposição contesta a reeleição de Lukashenko, no poder desde 1994, em agosto de 2020 por considerar que o sufrágio foi fraudulento.
"A Bielorrússia será livre", disse Severinets na prisão, após ouvir o veredicto, e os seus apoiantes presentes na audiência cantaram "Acreditamos, podemos, vamos vencer" e bateram palmas.
As presidenciais de 09 de agosto na Bielorrússia deram a vitória a Lukashenko, no poder há 26 anos, com 80% dos votos, o que é contestado pela oposição e não é reconhecido pela UE.
Perante um vasto movimento de protesto contra a sua reeleição, Lukashenko orquestrou uma campanha de repressão contra a oposição e os meios de comunicação independentes do país.
O regime de Alexander Lukashenko já é alvo de múltiplas sanções ocidentais por ter reprimido duramente o movimento de protesto no país, no qual dezenas de milhares de pessoas se manifestaram nas ruas contra a reeleição do Presidente.
O regime bielorrusso apenas aumentou a repressão, prendendo ou forçando ao exílio os seus opositores.