Internacional

Juiz adia execução de única mulher no corredor da morte nos Estados Unidos

A execução pode agora acontecer depois da tomada de posse do presidente eleito, Joe Biden, que se opõe à pena de morte

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Um juiz federal adiou a execução da única mulher no corredor da morte nos Estados Unidos, podendo a nova data acontecer depois da tomada de posse do presidente eleito, Joe Biden, que se opõe à pena de morte.

Randolph Moss, do Tribunal Distrital dos Estados Unidos, considerou que o Departamento de Justiça remarcou ilegalmente a execução de Lisa Montgomery e cancelou uma ordem que indicava 12 de janeiro como data de aplicação da pena.

A execução de Montgomery já esteve marcada para este mês no Complexo Correcional Federal em Terre Haute, no estado do Indiana, mas Moss atrasou-a na sequência de um pedido dos advogados da mulher que contraíram o novo coronavírus ao visitar a cliente e que precisavam de mais tempo para um pedido de clemência.

De acordo com a nova ordem, a execução não pode ser marcada até dia 01 de janeiro e, geralmente, um preso condenado à morte deve ser notificado pelo menos 20 dias antes da aplicação da pena capital, o que pode significar que a execução será agendada para depois da tomada de posse de Biden, a 20 de janeiro.

Biden "opõe-se à pena de morte agora e no futuro" e como presidente trabalhará nesse sentido, disse o porta-voz do presidente eleito TJ Ducklo à agência noticiosa norte-americana Associated Press.

Mas os representantes de Biden não indicaram se as execuções serão interrompidas imediatamente após a posse do novo presidente.

Lisa Montgomery foi condenada por assassinar Bobbie Jo Stinnett, de 23 anos e grávida de oito meses na cidade de Skidmore (no noroeste do Missouri), em dezembro de 2004.