Durante a campanha de Jair Bolsonaro, o então candidato à presidência do Brasil elogiou várias vezes o Presidente norte-americano. As comparações entre os dois políticos foram constantes. Esta terça-feira, Donald Trump começou precisamente por realçar essas semelhanças, não deixando de fazer a comparação entre as campanhas.
“A campanha de Bolsonaro foi incrível. Algumas pessoas disseram que se lembraram da minha campanha nos EUA quando decorria a campanha dele”, declarou o Presidente norte-americano numa conferência de imprensa conjunta na Casa Branca.
Garantindo que os dois países estão próximos, Trump prometeu reforçar a cooperação com o Brasil em várias áreas, nomeadamente no combate às notícias falsas. “Os EUA e o Brasil nunca estiveram tão próximos.Temos uma grande aliança com o Brasil, a maior que já tivemos”, garantiu o governante dos EUA, acrescentando ainda que apoiará a entrada do país na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e possivelmente na NATO.
Questionado sobre a situação da Venezuela, o Presidente dos EUA disse também estar a discutir essa questão com o seu homólogo brasileiro – depois de ambos terem declarado o apoio a Juan Guaidó –, estando “vários pontos em cima da mesa” em busca de solução para fortalecer a democracia do país.
Também Jair Bolsonaro começou logo o discurso a elogiar o seu homólogo norte-americano e a estabelecer uma clara distinção entre os seus antecessores. “É uma satisfação estarmos nos Estados Unidos depois de algumas décadas de Presidentes antiamericanos”, disse Jair Bolsonaro. Trump sorriu.
“Sempre fui admirador dos EUA, mas essa admiração aumentou com Donald Trump na liderança do país. Temos muito em comum com Trump e isso para mim é um motivo de orgulho e satisfação. Ele quer uma América grande, tal como eu quero um Brasil grande. A partir deste momento, o Brasil mais do que nunca está comprometido com os EUA”, acrescentou.
O Presidente brasileiro sublinhou a importância da cooperação entre os dois países nos sectores da defesa, da inovação, da tecnologia e do espaço. Manifestou-se ainda adepto da linha política de Trump, nomeadamente “contra a ideologia do género e do politicamente correto.”
“Espero que mantenhamos uma relação muito próxima durante muitos anos. Que Deus abençoe o Brasil e os EUA”, rematou.