Internacional

Ataque do Al-Shabaab a hotel na Somália faz pelo menos 29 mortos

“As forças de segurança tiveram muita dificuldade em entrar no edifício ontem à noite porque estava escuro e a eletricidade ficou cortada na sequência da explosão. Com o amanhecer, esperamos concluir a operação nas próximas horas”, disse fonte policial. Autoridades alertam que o número de mortos poderá aumentar. Grupo terrorista diz que ainda controla o hotel

ABDIRAZAK HUSSEIN FARAH/AFP/Getty Images

Está em curso uma troca de tiros entre soldados e elementos do grupo islâmico Al-Shabaab em Mogadíscio, capital da Somália. Os terroristas encontram-se refugiados no Hotel Makkah Al-Mukarama, que atacaram com um carro-bomba na noite passada.

“As forças de segurança resgataram dezenas de civis no hotel e nos edifícios próximos. Os militantes ainda estão no interior e a troca de tiros ainda decorre”, disse o major Mohamed Hussein à agência Reuters, confirmando, na altura, a existência de 13 mortos e dezenas de feridos e alertando que o número de vítimas mortais pode subir. Os números já foram, entretanto, atualizados para pelo menos 29 vítimas mortais e 80 feridos.

“As forças de segurança tiveram muita dificuldade em entrar no edifício ontem à noite porque estava escuro e a eletricidade ficou cortada na sequência da explosão. Com o amanhecer, esperamos concluir a operação nas próximas horas”, acrescentou.

Ataques dentro e fora da Somália

O porta-voz militar do Al-Shabaab, Abdiasis Abu Musab, disse que o grupo ainda controla o hotel. “O Governo tentou entrar no edifício três vezes mas nós repelimo-los”, precisou.

A rua principal do hotel, onde há muitos restaurantes e lojas, foi cortada. Segundo testemunhas citadas pela Reuters, os residentes passaram a noite à procura de familiares desaparecidos.

Em janeiro, pelo menos 21 pessoas morreram na sequência da invasão de um hotel de luxo em Nairobi, no Quénia, reivindicada pelo Al-Shabaab. O ataque e a subsequente operação das forças de segurança prolongaram-se por 19 horas.

O Quénia tem sido alvo do Al-Shabaab desde outubro de 2011, quando o país enviou o seu exército para a Somália para combater os terroristas.