Os protestos contra a reforma da segurança social do presidente Daniel Ortega começaram na passada quarta-feira, e desde então a violência não tem cessado. Oficialmente as autoridades falam em 10 vitimas mortais, mas organizações não governamentais apontam para mais de 20, em consequência dos confrontos entre manifestantes e forças da autoridade. Entre elas estará o jornalista Angel Gahona.
Um cenário que levou o papa Francisco a lançar este domingo um apelo, após a recitação da oração pascal do ‘Regina Coeli’. “Estou muito preocupado com o que está a acontecer nestes dias, na Nicarágua, onde depois de um protesto social se verificaram confrontos, que causaram também algumas vítimas”, afirmou o Papa desde a janela do apartamento pontifício, na Praça de São Pedro, no Vaticano.
O Papa garantiu que a situação no país está nas suas orações. “Uno-me aos bispos para pedir que cesse toda a violência, que se evite um inútil derramamento de sangue e que se resolvam pacificamente as questões abertas, com sentido de responsabilidade”.
O Presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, rompeu no sábado o silêncio que tinha mantido desde o início das manifestações para assegurar que o seu Governo está aberto ao diálogo sobre a reforma. Ortega acusou os manifestantes de querer semear o “terror” e “destruir a imagem da Nicarágua”.