Internacional

Florida prepara-se para executar homem por crimes racistas

Supremo Tribunal dos EUA anunciará esta quinta-feira se autoriza ou não a aplicação de uma nova injeção letal, nunca antes usada, a Mark Asay. Em caso afirmativo, o homicida de 53 anos, acusado da morte de um negro e um hispânico em 1987, tornar-se-á o primeiro branco na Florida a ser executado por crimes racistas

BRENDAN SMIALOWSKI/GETTY IMAGES

O futuro de Mark Asay, acusado da morte de dois homens em Jacksonville, na Florida, é decidido esta quinta-feira. O Supremo Tribunal dos EUA prepara-se para anunciar se autoriza ou não a aplicação de uma injeção letal com etomidato, um anestésico frequentemente utilizado em cirurgias, ao homem de 53 anos. Se autorizar, será a primeira vez nos EUA que tal fármaco é utilizado numa execução.

Mark Asay é acusado de homicídio com motivação racista. As vítimas foram Robert Lee Booker, um negro de 34 anos, e Robert McDowell, um hispânico de 26 anos, ao qual Asay pagou julgando tratar-se de uma prostituta. Ao aperceber-se de que tinha diante de si um homem e não uma mulher, Asay disparou sobre ele e matou-o. Os crimes aconteceram em 1987.

Se o Supremo Tribunal dos EUA der o seu aval, Mark Asay tornar-se-á o primeiro branco a ser executado na Florida pela morte de um negro. A aplicação da injeção letal está marcada para esta quinta-feira, depois das 18h (23h em Lisboa). Apesar de aprovado pelo Supremo Tribunal da Florida, o uso do etomidato numa condenação à morte, que veio substituir o polémico midazolam, tem sido criticado por alguns especialistas.

Com base em informação disponibilizada no Death Penalty Information Center, o “New York Times” recorda que pelo menos 20 negros (de um total de 92 detidos) foram executados na Florida pela morte de vítimas brancas desde que a pena de morte foi restabelecida no estado, em 1976.