No arranque da conferência organizada pelo Expresso que celebra o Dia Nacional da Sustentabilidade, os desafios inerentes à transição que a economia global está a fazer rumo a novos modelos de produção e de gestão estiveram em destaque, assim como as tensões e desafios que este caminho gera.
Entre a proteção dos recursos naturais e a necessidade de promover a qualidade de vida das pessoas, ficou patente que é necessário pensar a longo prazo sem esquecer os problemas atuais que exigem ação imediata, e que pedem uma lógica por vezes menos dogmática.
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Com apresentação de Sara Tainha, jornalista da SIC, o arranque da conferência contou com a presença de Nuno Conde, administrador do Grupo Impresa; João Manuel Esteves, secretário de Estado do Ambiente; Joana Baptista, vereadora da Câmara Municipal de Oeiras; Vanessa Romeu, diretora de Corporate Affairs do Lidl Portugal; Filipe Almeida, presidente do Portugal Inovação Social; Pedro Nazareth, CEO do Eletrão; e Rodrigo Sengo, responsável do MSC Portugal.
Conheça as principais conclusões deste início.
Tensões
- "É com pesar que constatamos que nem todos cumprem com esses padrões [de sustentabilidade e gestão ambiental]", confessa Joana Baptista.
- Perante a presença do secretário de Estado do Ambiente, a vereadora de Oeiras aproveitou o Dia Nacional da Sustentabilidade como oportunidade para “pôr o dedo na ferida” e afirmar que Portugal precisa de “estabilidade política e uma decisão firme e coerente”. Até porque ”não existe qualquer plano B" na questão dos aterros, por exemplo, que exige uma resposta urgente.
- É necessária uma “resposta coordenada para atingir esses objetivos”, concorda João Manuel Esteves, que diz mesmo que a “palavra de ordem é executar”.
Por outro lado, garante que “a sustentabilidade é um fio condutor que atravessa todas as políticas públicas e com impacto cada vez maior na vida das pessoas”.
Importância
- “A sustentabilidade tem múltiplos significados com dois polos que nem sempre convivem em harmonia: pessoas e natureza”, lembra Filipe Almeida.
- “Antigamente a sustentabilidade era uma questão de valor moral, hoje é uma questão de valor de negócio”, defende Vanessa Romeu, para quem as “metas obrigam-nos a sair da nossa zona de conforto”.
- “Envolvendo toda a cadeia, faz sentido investir na sustentabilidade”, acredita Rodrigo Sengo.
- Mas há muito por fazer: “Enquanto país conseguimos reciclar apenas 1 milhão [de toneladas de resíduos urbanos domésticos]. Ainda é muito pouco”, atira Pedro Nazareth.
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