Bem mais que um chavão, a sustentabilidade é a força motriz que inspira muitas mudanças absolutamente estruturais com impacto direto do que será o nosso dia a dia nos próximos dias, meses e anos. Até porque sem uma adaptação dos atuais modelos económicos e sociais à necessidade de proteção dos recursos naturais da erosão a que têm sido sujeitos, não haverá sequer plataforma para analisar o que correu mal.
Saúde, bem estar, energia, construção, resíduos e embalagens vão ser os temas que vão nortear a conferência com que o Expresso celebra a 25 de setembro o Dia Nacional da Sustentabilidade, data que fará três anos de vida, num evento que conta com o apoio de Cofidis, Lidl, Moeve, Novo Verde, Sanofi, Secil e Seda Group.
Para Helena Freitas, diretora-geral da Sanofi Portugal, “vivemos num momento crítico em que quase metade da população mundial — cerca de 3,6 mil milhões de pessoas — habita zonas altamente vulneráveis às alterações climáticas, enquanto mais de 6 milhões perdem a vida anualmente devido à poluição do ar". O que revela esta realidade? "O ar que respiramos, a água que bebemos e os alimentos que consumimos estão intrinsecamente ligados às condições ambientais”.
5,8%
é a percentagem das emissões totais de CO₂ resultantes do sistema de saúde português
No campo da saúde, a considera que “a indústria farmacêutica enfrenta o desafio paradoxal de inovar continuamente enquanto reduz a sua pegada ecológica”. Algo que já resultou numa “mudança de paradigma, com a sustentabilidade a evoluir de simples responsabilidade social para estratégia essencial”. Na sua empresa, por exemplo, “este modelo não é apenas teórico”. E elabora: “70% dos nossos medicamentos e vacinas estão focados em doenças agravadas por fatores ambientais, e mais de 75% da nossa investigação segue esta linha”. Mudança que tem conduzido a “melhores resultados clínicos e menores emissões de carbono”, no que significa “um argumento forte para a resiliência dos sistemas de saúde”.
Mudanças nos estilos de vida e nos relacionamentos sociais estão também no cerne das alterações sustentáveis, com Ricardo Parreira a afirmar “que a felicidade é lucrativa. E o bem-estar mental é uma peça-chave dessa equação”. Para o fundador e ex-CEO da PHC Software, “pessoas equilibradas e motivadas criam empresas e sociedades com muito mais capacidade de prosperar de forma sustentável a longo prazo”. Até porque “a sustentabilidade não é apenas sobre recursos naturais ou resultados financeiros. É sobre usar os recursos que temos para criar condições que permitam às pessoas viver melhor e serem mais felizes”.
Quando falamos de sustentabilidade não falamos apenas do planeta. Falamos também das nossas vidas, garante Ricardo Parreira
Por outro lado, “a tecnologia pode abrir portas incríveis, mas, se não for usada com consciência, pode ter efeitos devastadores”. E com tantas inovações a surgirem em catadupa, o também autor destaca “a educação como pilar fundamental do bem-estar mental na era da inteligência artificial” porque “se não prepararmos a sociedade, os riscos aumentam”. Mas se “soubermos usar a tecnologia de forma informada, poderemos tirar dela benefícios extraordinários”.
Saiba tudo sobre a conferência.
Dia Nacional da Sustentabilidade
O que é?
É um evento do Expresso, com o apoio de Cofidis, Lidl, Moeve, Novo Verde, Sanofi, Secil e Seda Group, que vai celebrar o Dia Nacional da Sustentabilidade, com um conjunto de debates para analisar o panorama de diferentes áreas diretamente afetadas pelas questões sustentáveis.
Quando, onde e a que horas?
Quinta-feira, 25 de setembro, no edifício da Impresa, a partir das 9h30.
Quem são os oradores?
- Nuno Conde, administrador, Grupo Impresa
- João Manuel Esteves, secretário de Estado do Ambiente
- Vanessa Romeu, diretora de Corporate Affairs do Lidl Portugal
- Rodrigo Sengo, responsável da MSC Portugal
- Filipe Almeida, presidente da Portugal Inovação Social
- Pedro Nazareth, CEO do Electrão
- Helena Freitas, diretora-geral da Sanofi
- Sandra Cavaca, presidente do Conselho de Administração da SPMS
- José Pimenta Machado, presidente da Agência Portuguesa do Ambiente
- Ema Paulino, vice-presidente da CIP
- Edgar Sabino, diretor da Cofidis Portugal
- Sofia Ramalho, bastonária da Ordem dos Psicólogos Portugueses
- Ricardo Parreira, autor, fundador e ex-CEO da PHC Software
- Gonçalo Ribeiro Telles, comentador político e especialista em comunicação
- Isabel Gorgoso, CEO da MOEVE
- Ana Luís de Sousa, diretora executiva da Associação Portuguesa da Energia
- Duarte Cordeiro, ex-Ministro do Ambiente e da Ação Climática
- Paulo Pereirinha, presidente Associação Portuguesa de Veículos Eletricos
- Hugo Espírito Santo, secretário de Estado das Infraestruturas
- Otmar Hübscher, CEO da SECIL
- João Santa-Rita, arquiteto na Santa-Rita Arquitectos
- Marco Frazão Pedroso, co-founder & partner na AECycle
- João Pedro Lage da Costa Firmo, professor auxiliar no Instituto Superior Técnico
- Ricardo Neto, presidente da Novo Verde e da ERP Portugal,
- Fernando Leite, administrador delegado da Lipor
- Gonçalo Lobo Xavier, director geral da APED
- Jorge Liz, head of real estate, store concept & sustainability da Worten
- Anselmo Vilardebó, administrador delegado da Seda Ibérica
- Marta Amaro, gestora do Departamento de Impacto da McDonald's Portugal
- Luisa Magalhães, diretora Executiva da Smart Waste Portugal
- Manuel Delgado, plant general manager na Papeleira Coreboard S.A.
Porque é que este tema é importante?
Porque numa altura em que as metas da sustentabilidade apertam quer para empresas, quer para entidades governamentais, também provocam cada vez mais impacto na vida diária das pessoas. Importa por isso perceber quais são os resultados destas alterações, assim como o que está a ser bem ou mal feito.
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