O terceiro almoço debate da segunda edição da iniciativa Portugal Export +60’30 aconteceu esta quinta-feira na sede da AIDA, em Aveiro, e o tema foi a inovação e a importância que tem para a competitividade das empresas e para a sua capacidade exportadora. No encontro estiveram, além de vários empresários da região, Luís Ceia, vice-presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP); Luís Ribeiro, administrador com o pelouro das Empresas no Novo Banco; Fernando Castro, presidente da direção da Câmara de Comércio e Indústria do Distrito de Aveiro (AIDA) e ainda, Jorge Portugal, diretor-geral da COTEC Portugal - Associação Empresarial para a Inovação. Estas são as principais conclusões.
- A escolha dos locais destes almoços debate nunca é por acaso e, segundo Jorge Portugal, Aveiro tem uma forte componente de inovação. Diz o diretor-geral da COTEC que, das quatro mil empresas que exportam e fazem inovação em Portugal, 23 estão neste distrito, a investir “18% do seu Valor Acrescentado Bruto (VAB) em inovação” e a “ter 41% das suas pessoas dedicadas à inovação”.
- Se o país fosse todo assim, “seríamos uma Suíça ou Finlândia”, comenta.
- Há ainda a Universidade de Aveiro que “nasceu de uma empresa” e por “não ter uma hierarquia” tem sido um local onde “o empresário chega e bate à porta” e recebe apoio em termos de inovação.
- Contudo, tudo isto tem sido feito com muita luta por parte dos empresários que lamentam a falta de apoio do Estado. Não necessariamente apoio financeiro, mas sim apoio institucional, na desburocratização dos serviços públicos, dos concursos para os fundos europeus ou, simplesmente, na manutenção de políticas.
- Foram vários os empresários presentes que lamentaram a ausência do secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira, que cancelou a sua participação no dia seguinte à queda do Governo e um dia antes do encontro.
- Aliás, foram também vários os que criticaram a instabilidade política em que o país se encontra mais uma vez.
- “É pena que os nossos políticos se esqueçam do país e nos faltem ao respeito como têm feito”, diz Fernando Castro.
- De facto, diz Jorge Portugal, “viver em crise passou a ser o fado das empresas portuguesas”.
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