"A principal diferença para as crises anteriores foi a velocidade da mesma. De uma semana para a outra mudou tudo, foi literalmente assim". Quem o diz é António Lagartixo, CEO da Deloitte Portugal e um dos convidados do evento que deu a conhecer os distinguidos na terceira edição dos Prémios Expresso Economia Caixa Geral de Depósitos - que distinguem as empresas que se mais se destacaram no último ano, em parceria com a Informa DB e com a Deloitte.
Seja por terem registado crescimentos mesmo no meio das dificuldades ou por continuarem a contratar colaboradores, as empresas distinguidas destacaram-se pelo papel que tiveram na resiliência da economia portuguesa e pelo que podem contribuir para uma recuperação mais rápida em 2021 e 2022.
Além do CEO da Deloitte, o evento contou com a presença de Célia Reis, CEO da Altran Portugal, S.A.; Gonçalo Quadros, fundador e chairman da Critical Software; Francisco Cary, administrador da Caixa Geral de Depósitos; Daniela Xavier, diretora geral da FERMIR; Pedro Pedrosa, CEO da Laso Transportes; e, João Cardoso, CEO da Teleporformance, numa série de conversas moderada pela jornalista da SIC, Rita Neves.
Conheça os principais tópicos de discussão e a lista completa de premiados.
Mudança súbita
- Empresas tiveram que transformar a sua atividade a uma velocidade nunca antes vista, o que provocou muitos desafios logísticos e ao nível da colaboração
- Ainda assim, a transição foi, na maioria dos casos, bem conseguida. A pandemia "apanhou as empresas mais bem preparadas do que na crise anterior", garante Francisco Cary
- Alterações obrigaram a novas formas de trabalho e a uma incorporação rápida de novas tecnologias, quando possível
Impacto global
- Disrupção das redes de comércio global teve grande impacto, sobretudo junto das empresas que não podiam recorrer ao teletrabalho e dependem das rotas comerciais para as exportações e negócios
- A dimensão (pequena) da economia portuguesa agrava esta dependência e colocou mais dificuldade às empresas
- Aposta em formas alternativas de contacto e dar garantias de segurança foram a solução para lidar com o problema e deixar os negócios mais prontos para a recuperação
Infraestruturas preparadas
- Empresas ligadas aos sectores da tecnologia ou telecomunicações, por exemplo, estavam mais preparadas e conseguiram lidar melhor com as dificuldades
- As infraestruturas tecnológicas do país foram fortemente testadas e saíram com nota positiva do teste
- Mudança de paradigma na questão da utilização mais alargada de ferramentas de trabalho à distância parece ter vindo para ficar
Nível de resistência
- "Assistimos a uma capacidade de adaptação muito grande do nosso tecido empresarial", acredita António Lagartixo
- Empresas continuaram a tentar atrair investimento estrangeiro para Portugal e acreditam que devemos aproveitar todas as oportunidades possíveis
- Se 2021 ainda se assume como um ano mais incerto, 2022 é visto como a luz ao fundo do túnel
Prémios Economia Expresso Caixa Geral de Depósitos
Prémio Empresário Do Ano
António Mota,
CEO, Mota Engil
Prémio Conquista Empresarial Do Ano
Galp Energia
Prémio Crescimento
Volkswagen Autoeuropa, Lda
(Volume de negócios superior a 100 M€)
Altranportugal, S.A.
(Volume de negócios entre 50 M€ e 100 M€)
Critical Software, S.A.
(Volume de negócios até 50 M€)
Prémio Exportações
Laso - Transportes, S.A.
(Volume de negócios entre 50 M€ e 100 M€)
Fermir - Confecções Fernandes & Miranda, Lda
(Volume de negócios até 50 M€)
Prémio Emprego
Teleperformance Portugal, S.A.
Subida de Escalão
C.N.C.B. - Companhia Nacional Comércio Bacalhau, S.A.