“Ele ainda me ama”, pensa ela, “está só preocupado, a adaptar-se.” A mudança tinha sido grande. Estavam habituados a um certo ritmo, os dois em casa, “a meio do dia parávamos tudo e fazíamos amor”, recorda as tardes em que ele se levantava da secretária, vinha beijá-la “e eu, atolada em trabalho, deixava-me ir e sabia bem” e mesmo o travo de culpa que se seguia tinha o sabor de uma irresponsabilidade libertadora, “éramos cúmplices”, pensa e desconfia que essa cumplicidade se perdeu.
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