O YouTube, site de vídeos online que foi comprado pela Google em 2006 (por 1,65 mil milhões de dólares, 1,45 milhões de euros), teve receitas de cerca de quatro mil milhões de dólares em 2014 (3,52 milhões de euros) mas não dá lucro, refere o 'The Wall Street Journal'.
De acordo com este jornal, as receitas do YouTube representam 6% da faturação da Google, mas depois de pagos os custos com os conteúdos e os equipamentos e tecnológicas, o site de vídeos online está no ponto de equilíbrio. Comparativamente, refere o jornal norte-americano, o Facebook gerou mais de 12 mil milhões de dólares (10,56 mil milhões de euros) em receitas e teve lucros de cerca de três mil milhões de dólares (2,64 mil mlhões de euros).
A dificuldade em alargar a audiência para além dos adolescentes e de deixar de ser visto maioritariamente através de links, em vez de os utilizadores acederem diariamente ao próprio site, são algumas das causas apontadas para a baixa rentabilidade. A ambição do YouTube é que os utilizadores acedam ao site como quem liga a televisão. O site é seguido por mil milhões de utilizadores.
A aposta do Facebook e do Twitter em serviços de vídeos estão a tornar mais urgente esta necessidade de viragem no YouTube. Mais: os serviços de vídeo da Amazon e do Netflix estão a tornar-se cada vez mais próximos da linguagem televisiva e cinematográfica, licenciando conteúdos dos estúdios de Hollywood e criando produções próprias.
O YouTube foi adquirido em 2006 pela Google, mas nos primeiros anos gerou poucas receitas. O crescimento deu-se com a introdução, em 2010, da possibilidade de saltar os anúncios. Utilizadores e anunciantes ficaram satisfeitos com esta modalidade: os primeiros podiam ver apenas os anúncios que lhes interessava, os segundos só pagavam os vídeos que eram mesmo visionados.
Em 2012, o YouTube investiu no desenvolvimento de conteúdos mais próximos das produções televisivas e criar canais. Nesta altura, fez também alterações ao algoritmo de promoção dos vídeos, para incentivar a frequência das visitas ao site. Além de aumentar a audiência, o YouTube quer também aumentar as receitas publicitárias.
No ano passado, o site de vídeos online introduziu a possibilidade de os anunciantes colocarem spots junto aos vídeos mais populares, como os do PewDiePie (o canal com o maior número de inscritos no YouTube) ou da comediante Jenna Marbles (a mulher com mais seguidores). A introdução das métricas da Nielsen para medir quem vê os anúncios, em vez da tecnologia do próprio YouTube, foi outra das novidades lançada pelo site de vídeos online dirigida aos anunciantes.
A entrada em serviços pagos é outra das apostas. Em novembro, o YouTube anunciou o lançamento de um serviço de música semelhante ao Spotify.