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Em nome do pai: quem é Manuel Violas, amigo de Montenegro e dono dos casinos Solverde, que herdou e multiplicou os negócios da família

De guarda-redes na mira do Atlético de Madrid a patrão, prefere o golfe aos jogos de azar dos seus casinos, e comanda uma empresa líder mundial nas cordas. Viu o seu nome ligado aos Pandora Papers e à Spinumviva, de Luís Montenegro, mas “foge das luzes da ribalta”

Manuel Violas, presidente da Solverde
Rui Duarte Silva

Uma imponente estátua do pai, Manuel de Oliveira Violas, não deixa indiferente quem entra no gabinete do filho, que tem o mesmo nome e preside à Solverde, grupo familiar sediado em Espinho com quatro hotéis e a concessão de cinco casinos, entre outros negócios. Os laços de sangue prevalecem como um legado vivo na empresa da família Violas, unida por uma amizade de longa data aos conterrâneos da família do primeiro-ministro Luís Montenegro.

A Solverde começou em 1972 - a designação completa é Sociedade de Investimentos Turísticos da Costa Verde, SA. - por iniciativa de Manuel de Oliveira Violas, um self made man que perdeu o pai cedo, vítima de tuberculose, e desde tenra idade teve de fazer pela vida. Aos 10 anos começou a trabalhar na fábrica de cordas do tio (nesses idos anos de 1920 não se colocava a questão do trabalho infantil), e aos 26 anos criou o seu próprio negócio como industrial da cordoaria, lançando a Corfi, tendo mais tarde estado ligado à criação do banco BPI e à privatização da Unicer.