A Omnidea vai participar na construção do próximo lançador europeu. Lançador é gíria aeroespacial para foguetão e a Europa só tem, até agora, três.
De passagem pela Liga dos Inovadores, Tiago Pardal explica que os foguetões são construídos por estágios - três andares, em regra, cabendo à Omnidea o primeiro deles. “Até aqui Portugal não ambicionava ter mais de 1% numa missão espacial. Agora vamos ter 20% do próximo lançador europeu”, explica o gestor da empresa.
O projeto, promovido pela Agência Espacial Europeia, obrigará a Omnidea a encontrar um espaço para a construção e alargar substancialmente a equipa de profissionais.
OUTROS TÓPICOS DA CONVERSA
“Até aqui Portugal não ambicionava ter mais de 1% numa missão espacial. Agora vamos ter 20% do próximo lançador europeu”
“Daqui só podemos expandir para o mar e para o espaço”: novo foguetão europeu tem a altura de um prédio 20 andares e dedo português"
“Um foguetão tem de ter um sistema de controle mas só com bits e bytes não se sai do chão, não se chega à lua. É preciso hardware”
“A maior economia da Europa tem um ministro de espaço, Portugal nem sequer tem um ministro com a tutela clara do espaço”
“Gosto de gestores que conseguem montar uma equipa que está com eles porque acredita, e não porque precisa”
“Todos na Europa queremos ir buscar 30% do mercado da SpaceX”
O podcast que nos conta o que de inovador e diferenciador está a ser feito pelas empresas em Portugal. Na “Liga dos Inovadores”, Elisabete Miranda e Pedro Lima conversam com gestores, diretores e profissionais que nos contam histórias que conquistaram o mercado e vão contribuindo para a transformação económica do país e da sua imagem. Falam-nos das vitórias que os trouxeram até aqui, mas também das ansiedades, dos concorrentes que invejam, dos gestores que admiram, dos profissionais que têm e dos perfis que precisam de contratar. Todas as semanas, às quartas-feiras.