Aos 12 anos, Dâmaso Lobo já andava pela Coelima ao lado do pai, do avô, dos tios, a prestar serviços de serralharia e a ajudar a reparar máquinas na têxtil da família Coelho Lima. Aos 56, está à frente da empresa de Guimarães, decidido a recuperar o brilho da marca centenária “sem perder postos de trabalho”, diz ao Expresso o antigo serralheiro, agora um empresário com currículo feito a salvar empresas.
“Em 2021, quando comprei a empresa no âmbito do processo de falência acreditei que era possível dar à volta à Coelima, mas não contava com a guerra na Ucrânia, que fez disparar preços, trouxe uma retração no consumo e veio tornar tudo mais difícil. Infelizmente a conjuntura mudou, complicou os nossos planos, obrigou-nos a um esforço de adaptação suplementar”, diz o empresário, assumindo que este foi um negócio “ditado pela ligação forte à empresa, desde criança”.