A Corticeira Amorim registou um lucro de 98,4 milhões de euros no ano passado, mais 31,6% que em 2021, segundo anunciado esta quinta-feira em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
De acordo com a nota da empresa, os ganhos foram positivamente afetados “por uma decisão favorável relacionada com uma contingência fiscal (11,4 milhões de euros)”.
As vendas da empresa liderada por António Rios de Amorim cresceram 21,9%, tendo superado, pela primeira vez, os mil milhões de euros.
As vendas atingiram os 1021 milhões de euros em 2022 e, “apesar do abrandamento registado ao longo do ano, todas as unidades de negócio registaram crescimento das vendas, refletindo a melhoria do mix de produto, a subida de preços e maiores níveis de atividade”, bem como o efeito positivo da evolução cambial.
Só as vendas da unidade de rolhas, a mais relevante para o negócio, ascenderam a 754 milhões de euros (mais 27,1% que no ano anterior).
Também os gastos operacionais viram um aumento (26,8%), para 408,4 milhões de euros.
O EBITDA (resultado antes de encargos com juros, impostos, depreciações e amortizações) aumentou 22%, para 163,9 milhões de euros.
A Corticeira Amorim indica ainda que, no final de 2022, a dívida líquida ascendia a 129 milhões de euros, o que compara com 48 milhões em 2021.
O aumento da dívida reflete "as aquisições realizadas em 2022, nomeadamente a participação de 50% na SACI, a participação de 50% na Cold River’s Homestead, detentora de uma parte da chamada Herdade do Rio Frio, e o terreno de uma outra parte da Herdade do Rio Frio".
Por fim, a empresa avança que o Conselho de Administração vai propor à Assembleia Geral de Acionistas, que se realiza a 28 de abril, a distribuição de um dividendo de 0,20 euros por ação (o mesmo valor de 2021).