Estratégias

12 ações que ganham com a China e Índia

Até 2030, metade dos 800 milhões de consumidores que atingem o patamar de rendimento médio estão na China e na Índia. Para o Citigroup, algumas ações multinacionais estão bem posicionadas para tirar partido do desenvolvimento do setor dos serviços naqueles países. Clique para visitar o canal Dinheiro

Nuno Alexandre Silva (www.expresso.pt)

Nos próximos vinte anos, 93% da classe média mundial estará nos países em desenvolvimento, segundo as previsões do Banco Mundial. Dos 800 milhões de novos membros da classe média estimados para 2030, metade estará em dois dos países que mais crescem economicamente, China e Índia.

Para os analistas do norte-americano Citigroup, alterações na classe médias nas duas maiores economias em desenvolvimento da Ásia levará a que haja mudanças nos padrões de consumo: "a percentagem de rendimento gasto em alimentação desce", "há uma mudança no tipo de produtos alimentares comprados" e os estilos de vida levam a maiores gastos com produtos de cuidado pessoal. As conclusões do "Emerging Market Consumerism", publicado pela casa de investimento norte-americana indicam ainda os caminhos que os investidores devem tomar para aproveitar a nova vaga de rendimento chinesa e indiana.

Para lá das empresas locais que podem tirar partido das alterações na pirâmide de rendimentos que se construirá até 2030, o banco elenca 12 empresas estrangeiras que poderão beneficiar com China e Índia. Com sistemas bancários com pouca penetração de serviços financeiros (China tem 13 cartões de crédito por 100 adultos enquanto a Índia apresenta 3 por 100 - nos EUA existiam 377 cartões por 100 adultos em 2008), ações de empresas como a Visa e Mastercard estão na linha da frente das bem posicionadas, segundo o "Citi".

Além destas, bancos como os britânicos HSBC e Standard Chartered podem conseguir crescer nos próximos anos graças aos dois gigantes asiáticos. Os analistas indicam que o Standard Chartered deve fazer mais dinheiro do que qualquer outro banco na Índia em 2010, enquanto o HSBC pode ver os seus lucros na Ásia crescerem 12% por ano entre 2009 e 2012.

No campo da saúde, a norte-americana Becton Dickinson, que está também na carteira do superinvestidor Warren Buffett, conta já com 8% do total de receitas com origem chinesa e indiana. A multinacional de produtos médicos é uma das escolhas do Citigroup numa lista que contempla ainda as japonesas do setor Daiichi Sankyo e Terumo.

No campo da gestão de ativos as norte-americanas Franklin Resources e T Rowe Price Group são duas das ações bem posicionadas para ganhar valor com Índia e China.