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CEO da Air France/KLM quer ter poder de gestão se comprar a TAP e sugere a Portugal que entre no grupo se quer manter influência

Benjamin Smith admite que se o grupo não puder tomar decisões comerciais "tem pouco interesse" investir na TAP e não esconde que preferia comprar o controlo, mas admite soluções alternativas. Considera que o Brasil é o maior trunfo da companhia portuguesa, e afirma que se esta se juntasse à Air France/KLM seriam o maior grupo da América Latina

Benjamin Smith, presidente da Air France/KLM, desde 2018
D.R.

O grupo Air France/KLM afirma o presidente executivo (CEO) "continua muito interessado na TAP", mas ainda vai estudar o dossiê para decidir se avança ou não com uma proposta formal à privatização de 49,9% do capital. Benjamin Smith defende, em declarações aos jornalistas portugueses, que se o Estado português quer manter uma presença relevante na operação da TAP deve fazer o que fez o governo neerlandês quando foi a fusão da Air France com a KLM , há 21 anos, e tomar uma participação acionista no capital do grupo.

O interesse do gigante franco-neerlandês na companhia portuguesa passa por ser o número um e liderar no Brasil e na América Latina, esclareceu Benjamin Smith, deixando claro que se não tiver poder de decisão na gestão da transportadora, nomeadamente em questões como a compra de aviões ou definição de rotas, o negócio e o investimento podem te pouco interesse.