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Portugal tem boa cobertura de 5G mas está atrasado na oferta de rede autónoma e é necessário investir mais, alerta a Ericsson

Haverá 2,9 mil milhões de subscritores de serviços móveis de 5G no mundo em 2025 e serão mais do dobro em 2030, altura em que 80% do mercado móvel estará na quinta geração, estima a Ericsson, num estudo agora divulgado. Portugal atrasou-se no desenvolvimento de ofertas de 5G autónomo e vai ter de investir mais

Juan Olivera, CEO da Ericsson Portugal
ARMANDA CLARO

Muita cobertura, mas pouca oferta de rede e serviços dedicados e autónomos, o chamado 5G StandAlone. É essa a realidade da quinta geração de rede móvel (5G) em Portugal visível no Relatório de Mobilidade da Ericsson, divulgado na terça-feira, um documento que empresa sueca publica bianualmente em junho e novembro. O estudo revela também que em 2027, a rede de quinta geração móvel já será a tecnologia dominante nas comunicações globais.

Atualmente, apenas 50% dos portugueses têm acesso ao 5G. O presidente da Ericsson Portugal, Juan Olivera, congratula-se com o plano do novo Governo de Luís Montenegro para a digitalização do país, mas defende que “há falta de precisão no calendário e sobre a contribuição do financiamento público” para o investimento necessário para que existe um “5G avançado", a chegar a toda a população.

As subscrições de serviços de 5G no mercado mundial deverão atingir os 2,9 mil milhões até ao final de 2025, o que segundo a Ericsson irá traduzir-se em um terço de todas as subscrições móveis que estejam efetuadas nessa altura. A previsão de assinaturas de 5G até ao final de 2030 permanece em 6,3 mil milhões, valor idêntico ao que era referido no relatório de novembro.

A empresa sueca defende que o sector está dinâmico e há mais de 340 fornecedores que já oferecem serviços 5G comerciais".