Com ofertas de taxas mistas no mercado abaixo dos 4%, a maioria dos bancos não está, para já, a equacionar voltar a ter campanhas de spread zero. Isto numa altura em que, embora não haja certezas, há alguns sinais de que a subida das taxas de juro poderá estar perto do fim. É isso que esperam os mercados financeiros, depois de uma primeira pausa do BCE na reunião de 26 de outubro. Chegar ao pico não é, no entanto, sinónimo de descida. As taxas Euribor vão continuar elevadas e a pesar nas contas das famílias com crédito à habitação.
O spread [comissão cobrada pelos bancos tendo em conta o risco do cliente] tem vindo a cair desde 2012, altura em que a média andava em 3,05% nos contratos com taxa variável — a esmagadora maioria —, e desceu para 1,09% no final de 2022. Em 2023 a tendência é de descida, até para tentar atrair novos clientes numa altura em que tem havido um abrandamento na concessão de crédito (ver caixa).