Com mais 9,8% de orçamento do que o projetado nas contas iniciais do Orçamento do Estado (OE) do ano passado, a Saúde terá de sobreviver a um dos piores momentos desde a criação do SNS, com menos do que o esperado. O aumento previsto para gastar com pessoal em 2024 fixa-se nos 6,3% — mais cerca de €377 milhões — e o montante previsto em investimento é mais 17% (€873,9 milhões) do que o estimado para execução no ano vigente (€746,5 milhões). No entanto, é inferior ao que foi de facto executado.
Entre as medidas, o Governo prioriza a continuidade da reformulação do SNS organizado em 32 Unidades Locais de Saúde (ULS), concentrando na mesma administração hospitais e os cuidados primários. Com mais de um milhão de pessoas sem médico de família, uma das prioridades do Executivo passa também por “um plano integrado para facilitar o acesso aos cuidados de saúde” destes utentes, além de incluir nas Unidades de Saúde Familiar (USF) serviços como radiologia convencional, cuidados continuados e saúde oral.