Tal como as famílias estão a perder poder de compra, também os fundos europeus estão a perder poder de investimento com o disparo da inflação. O problema é que os fundos europeus são atualizados a 2% ao ano, mas em 2022 a inflação promete disparar para 7% ou mais em Portugal, cavando um diferencial superior a 5%.
A título indicativo, só este diferencial de 5% já equivaleria a perto de €400 milhões face às transferências da União Europeia que Portugal conta receber este ano. Mas as contas ao verdadeiro rombo provocado pela inflação são bem mais complicadas de fazer. Como vários peritos explicaram ao Expresso, tal implicará saber, por exemplo, quais os investimentos concretos em que serão aplicados os fundos europeus programados para os próximos anos e qual será a evolução desses diferentes tipos de custos.