Por pelo menos uma década, a fórmula do Burger King para a expansão europeia baseou-se em parcerias de joint venture, incluindo uma subsidiária maior, para abrir e operar novos locais. Mas agora a cadeia de fast-food tem um grande problema na Rússia e não consegue acabar com a parceria e fechar os 800 restaurantes, noticia a agência Reuters.
O Burger King interrompeu o suporte corporativo para os seus restaurantes russos em março e, a meio desse mês, a empresa anunciou que estava a tentar vender a sua participação na joint venture que se formou no país.
No entanto, as atuais sanções dos países ocidentais contra a Rússia limitam drasticamente o grupo de possíveis compradores.
De acordo com advogados ouvidos pela agência de notícias, parte do problema é a complexidade do contrato, que permite ao Burger King lucrar com as vendas sem o risco de usar o seu próprio capital.
Ao contrário da concorrente McDonald's, o Burger King não possui nenhum restaurante na Rússia, são todos possuídos através da joint venture na qual detém uma participação de 15%.
Os restantes parceiros são, por exemplo, o banco estatal russo VTB e a empresa de private equity e gestão de ativos Investment Capital Ukraine. E Alexander Kolobov possui 30% da joint venture. De acordo com o Burger King, é este último o "culpado" pela situação, por se recusar a fechar os restaurantes.
Porém, alguns advogados disseram à Reuters que o Burger King não pode obrigar a subsidiária a fechar os restaurantes, pois não são eles, nem os seus clientes, "que estão em guerra com a Ucrânia", mas sim o Kremlin.