Economia

Inflação da zona euro continua a subir em abril. Atinge novo máximo histórico de 7,5%

Os preços no consumidor na zona euro continuam a escalada de subida com a inflação a subir para 7,5% em abril. Bálticos continuam a liderar. Portugal sai do grupo dos que registam inflação mais baixa

Unsplash

A inflação na zona euro bateu novo recorde em abril: subiu para 7,5%, segundo a estimativa rápida publicada esta sexta-feira pelo Eurostat, o organismo de estatística da União Europeia. É um novo máximo desde que a zona euro foi criada. Em março situara-se em 7,4% e no início do ano estava em 5,1%.

O 'motor' do surto inflacionista na zona euro continua a ser a energia, cujos preços no consumidor subiram 38% em abril (ainda assim menos do que 44% em março). Mas esta desaceleração ligeira foi compensada pela subida da inflação nas restantes categorias, com destaque para os produtos alimentares frescos (de 7,8% em março para 9,2% em abril).

Trata-se da variação homóloga em relação ao mesmo mês do ano passado. A dinâmica inflacionista faz-se sentir mais nas economias bálticas e no entreposto global dos Países Baixos com a variação de preços em dois dígitos: 19% na Estónia, 16,6% na Lituânia, 13% na Letónia e 11,2% nos Países Baixos. Ainda com dois dígitos, a Eslováquia com 10,9%. Os três bálticos e a Eslováquia têm dependido entre 99% e 100% do gás fornecido pela Rússia para o consumo doméstico,

Portugal deixou de estar no grupo das economias do euro com níveis de inflação mais baixos. ao registar um 'salto' na inflação de 5,5% em março para 7,4% em abril. Com níveis de inflação inferiores ao português encontram-se, agora, seis economias: Áustria, Finlândia, França, Irlanda e Malta (esta última é a que regista a taxa mais baixa, de 4,9%).

A inflação subjacente, excluindo as componentes mais voláteis (energia, alimentação, tabaco e álcool), subiu de 2,9% em março para 3,5% em abril.