No seu terceiro trimestre fiscal, que corresponde ao primeiro trimestre de 2022, a Microsoft registou um lucro de 16,72 mil milhões de dólares (15,65 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual), acima das expectativas. Já a Alphabet (dona do Google), no mesmo período, ficou aquém das expectativas ao lucrar 16,43 mil milhões de dólares (15,38 mil milhões de euros).
No caso da Microsoft, o lucro alcançado representa um aumento face aos 15,45 mil milhões (14,46 mil milhões de euros) no mesmo período de 2021.
As receitas da empresa fundada por Bill Gates cresceram 18%, para 49,36 milhões de dólares (46,2 mil milhões de euros), mais que a projeção, que rondava os 49 mil milhões.
Este aumento deve-se, em grande parte, ao aumento da procura pelo seu segmento da "cloud" (que inclui o armazenamento de dados em nuvem, através da Azure). Só a Azure faturou 19,05 mil milhões de dólares (17,83 mil milhões de euros), também acima do esperado.
Mas se a Microsoft superou todas as previsões, o mesmo não se pode dizer da Alphabet. A dona da plataforma Google viu o seu lucro diminuir face o período homólogo (quando se fixou em 17,93 mil milhões de dólares, ou 16,78 mil milhões de euros).
As receitas aumentaram 23% para 68,01 mil milhões de dólares (63,67 mil milhões de euros), um abrandamento face ao período homólogo (quando as vendas cresceram 34%). A previsão dos analistas apontava para 68,11 mil milhões.
Especificamente, as receitas vindas do YouTube ficaram muito abaixo das expectativas: fixaram-se em 6,87 mil milhões de dólares (6,43 mil milhões de euros) contra os 7,5 mil milhões previstos. Ruth Porat, diretora financeira da empresa, disse que a guerra na Ucrânia, que começou durante o trimestre, teve um "impacto descomunal" na receita do YouTube.
Os resultados aquém da expectativa levaram a Alphabet a encerrar a sessão de negociação de terça-feira com uma desvalorização de 3,59%. Também a Microsoft caiu, 3,74%, apesar dos resultados aparentemente positivos. No entanto, tal aconteceu num dia "negro" para o índice tecnológico de Wall Street, que caiu 4%.