A inflação no mês de março situou-se nos 5,3%, registando a taxa mais elevada desde junho de 1994, aponta o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta terça-feira. O valor confirma a projeção feita pelo INE no final de março.
O Índice de Preços no Consumidor fica, assim, acima dos 4,2% verificados em fevereiro. Excluindo os contributos dos produtos alimentares não transformados e energéticos, continua a verificar-se uma aceleração nos preços, mas apenas de 3,8%, que compara com os 3,2% em fevereiro.
O agregado relativo aos produtos energéticos apresentou uma taxa de variação de 19,8% (15% no mês precedente), enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados registou uma variação homóloga de 5,8% (3,7% em fevereiro)
O INE destaca os aumentos das taxas de variação homóloga das classes dos bens alimentares e bebidas não alcoólicas e dos transportes, com variações de 7,2% e 11%, respetivamente (4,7% e 8,5% no mês anterior). Em sentido oposto, apenas o vestuário e calçado apresentou uma diminuição da taxa de variação homóloga para 0,1% (3,2% em fevereiro). É o quarto mês consecutivo em que todas as classes registaram variações homólogas positivas.
Quanto ao valor da inflação harmonizado, que permite comparar os países dentro da União Europeia, este fixou-se em 5,5%, como estimado.
Também esta terça-feira a Alemanha confirmou a sua estimativa de inflação: 7,3% e 7,5% a nível harmonizado.