A guerra fez soar os alertas pela Europa fora, perante o risco de um corte no abastecimento de gás e petróleo da Rússia e de cereais da Ucrânia. E uma das primeiras reações de Bruxelas foi avançar para uma redução da exposição à Rússia, preparando processos de compras conjuntas do Velho Continente, que fortalecerão o poder negocial europeu. “A Comissão Europeia teve recentemente uma experiência de aquisições conjuntas que não correu mal, a das vacinas. Uma abordagem de grupo tem algumas vantagens”, observa o advogado Nuno Antunes, sócio da Miranda especializado em direito público, ambiente e investimento estrangeiro. Mas será que as centrais de compras funcionarão?
O tema é polémico e levanta muitas interrogações, nomeadamente, no caso dos cereais, na articulação dos Estados (ou da Comissão Europeia) com os operadores privados, pois nada se sabe sobre onde acabaria a responsabilidade de uma parte e onde começaria a da outra.