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Lone Star deixa rasgados elogios ao legado de António Ramalho no Novo Banco. Então, que saída é esta?

António Ramalho estava isolado na sociedade portuguesa. Sem apoio político, em diferendos com o acionista minoritário, sob pressão do BCE: é assim que o CEO do banco anuncia que, a partir de agosto, passa a pasta. E que pasta

António Ramalho, CEO do Novo Banco. Foto: Novo Banco

“Estou comprometido com o banco até 2024. Até 2024 o meu compromisso é total, é assumido assim e assim será”. São palavras de António Ramalho a 9 de março deste ano, quando anunciou os primeiros lucros anuais do Novo Banco desde a sua criação, em 2014. Ramalho tinha sido reconduzido pela Lone Star em junho do ano passado, depois de ter chegado ao banco em 2016 e de ter ali ficado com a entrada dos americanos.

Agora, afinal, a três anos do fim deste novo mandato, abandona o cargo. A saída de António Ramalho da presidência do Novo Banco foi anunciada como sendo uma intenção do próprio, apesar desse compromisso de há poucos dias.

Certo, porém, é que se trata de um anúncio que liberta o banco – e quem está à sua volta – de várias (e intensas) pressões.