Depois de em agosto os residentes em Portugal terem batido um recorde nas dormidas em alojamentos nacionais, representando quase 60% do total de dormidas, em setembro são os não residentes que se impõem.
Estas conclusões são retiradas dos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) nas estatísticas rápidas da atividade turística, esta sexta-feira, 29 de outubro.
As dormidas de não residentes duplicaram, no nono mês de 2021, face a setembro do ano passado (+100,7%), num total de 3 milhões de dormidas. Já o mercado interno contribuiu com 2,6 milhões de dormidas, um aumento de 26,8%.
Em comparação a 2019, contudo, o número de não residentes alojados em Portugal continua aquém, em cerca de metade. No que diz respeito ao turismo feito por portugueses em Portugal, os números mantêm-se acima dos de 2019, desta vez em 15,6%.
O setor do alojamento turístico registou 2,1 milhões de hóspedes e 5,6 milhões de dormidas em setembro de 2021, correspondendo a aumentos de 52,3% e 58,4%, respetivamente, acima dos registados em agosto. Mas mais uma vez, os níveis atingidos em setembro de 2021 foram, no entanto, inferiores aos observados em setembro de 2019, tendo diminuído o número de hóspedes e de dormidas, 28,9% e 26,6%, respetivamente.
Outro marco assinalado pelos dados do INE é que as dormidas registadas nos primeiros nove meses de 2021 já superaram o valor registado para a totalidade do ano de 2020. As dormidas totais aumentaram 19,5%, resultante de crescimentos de 28,7% nos residentes e de 9,4% nos não residentes.
As dormidas de residentes cresceram em todas as regiões, destacando-se a Região Autónoma da Madeira (+109,9%) e a Região Autónoma dos Açores (+96,3%). As dormidas de não residentes apenas diminuíram na área metropolitana de Lisboa (-6,1%), embora seja de realçar o acréscimo nos Açores (+127,1%).