A assembleia de credores da Groundforce reuniu-se esta quarta-feira para discutir se se iria avançar para a recuperação da companhia, proposto pelos gestores de insolvência. E por unanimidade os 2.041 credores reunidos aprovaram a proposta e votaram a favor da execução de um plano de recuperação, que evite a insolvência da empresa de assistência aeroportuária, apurou o Expresso.
A Groundforce tem quase 2.800 credores e uma dívida de 154 milhões de euros. Tem como administradores judiciais Bruno Costa Pereira e Pedro Pidwell, que os credores aceitaram também que continuem a gerir a Groundforce.
Bruno Costa Pereira e Pedro Pidwell mostram-se disponíveis para serem eles a preparar o plano de recuperação, e deverão ser eles a fazê-lo.
Um plano que é fundamental para que a Groundforce, a maior empresa do setor em Portugal, mantenha as licenças e possa continuar a prestar serviços de handling (assistência aeroportuária) aos aeroportos portugueses.
Entretanto, a Lusa noticiou na terça-feira que a lista provisória de credores da Groundforce, compilada durante o processo de insolvência - pedido pela TAP a 4 de agosto - conta com 2.791 entidades, e com um total de mais de 154 milhões de euros de dívidas.
Uma lista que, note-se, poderá ainda sofrer alterações, nomeadamente com a junção de novos pedidos. O total de reclamado pelos credores ultrapassa os 137 milhões de euros, o resto corresponde não a dívidas mas a um valor atribuído caso a empresa se tornasse insolvente, e onde estão listados os trabalhadores.
Entre os credores destaca-se a TAP, com uma dívida reclamada de 19,7 milhões de euros, por fornecimentos de bens e serviços, prestações de serviços, contrato de aluguer operacional, entre outros. Segue-se a ANA – Aeroportos de Portugal com 12,6 milhões de euros. O Estado também está a reclamar dívidas através da Segurança Social (10,4 milhões de euros). O BCP viu reconhecida uma dívida de mais de dois milhões de euros, montante semelhante ao pedido pela seguradora Fidelidade.