A Galp informou os clientes de que os preços do gás natural seriam atualizados a partir do dia 1 de outubro. Os aumentos previstos serão superiores aos verificados no mercado regulado.
"A Galp vai atualizar a 1 de outubro os preços finais de gás natural, uma atualização que decorre nos termos contratualmente previstos e que reflete o aumento do custo da aquisição de gás natural, bem como as tarifas de acesso às redes aprovada pela ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos)", informou a empresa, em resposta ao Expresso.
O impacto mensal vai traduzir-se em subidas médias entre os 50 e os 84 cêntimos, nas tipologias de consumo que são consideradas mais representativas, explica a empresa.
Em junho, a ERSE já havia comunicado que em outubro haveria um aumento na fatura mensal do mercado regulado de 0,3%, que se traduziria em atualizações de 4 cêntimos no perfil de consumo equivalente a um casal sem filhos e de 7 cêntimos no perfil para um casal com dois filhos.
"Sobre estes preços continuarão a incidir os descontos associados às ofertas dos planos Galp, que incluem, por exemplo, descontos médios anuais de 22 euros no abastecimento de combustíveis por clientes Triple Offer", ressalva, contudo, a Galp.
No mercado regulado, estão sujeitos às variações cerca de 243,5 mil consumidores.
No mercado livre, a Galp é responsável por uma fatia de quase um quarto (23,5%) dos clientes, de acordo com os dados partilhados pelo regulador em junho de 2021. A líder no mercado liberalizado é a EDP Comercial, que possui 49,9% do total de consumidores, e que tem vindo a reforçar que os clientes não sentirão aumentos até ao final do ano.
Em volume de gás abastecido no mercado livre a Galp lidera com uma quota de 57,7%, o que espelha a presença mais forte da empresa nos segmentos de grandes consumidores e clientes industriais.
Também esta quarta-feira, a entidade reguladora aprovou uma nova atualização trimestral das tarifas reguladas de eletricidade, aplicadas a mais de 900 mil famílias, que se traduzirá, já em outubro, num novo agravamento da fatura de eletricidade de cerca de 3%.