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Air France/KLM assegura que manterá a marca TAP e o 'hub' em Lisboa, acrescentará rotas e fará crescer o Porto

Se avançar para a privatização da TAP, o grupo franco-neerlandês irá adoptar o modelo que foi aplicado à KLM há 20 anos: manteve a marca, o hub, o emprego e acrescentou-lhe rotas e passageiros. Usar a Transavia para crescer no Porto é outro caminho em aberto. E a manutenção será uma área de investimento

CHRISTIAN HARTMANN

O grupo Air France/KLM está a olhar para o processo de privatização da TAP com muito interesse e garante que se avançar é para criar valor para a transportadora portuguesa e fazê-la crescer, como aconteceu com a KLM. O grupo reconhece que o nível de saturação do Aeroporto Humberto Delgado é uma limitação, mas admite que há formas de contornar o problema pelo menos no curto prazo, nomeadamente através do uso de aeronaves de maior dimensão.

Se a oferta sobre a TAP avançar, o modelo de compra será muito ao semelhante ao que o grupo usou com a compra da KLM e com a recente aquisição da nórdica Scandinavian Airlines (SAS), onde tem atualmente uma participação de 19,9%, que irá subir para 60,5% em 2026, admitiu Benjamin Smith, presidente da Comissão Executiva (CEO) do grupo Air France/KLM, numa conversa com jornalistas portugueses, durante uma visita à sede da KLM e ao aeroporto de Schiphol, em Amesterdão.

Para provar que o modelo tem sucesso puxa pelos galões de uma história com 21 anos, a da compra da KLM, a primeira grande fusão no sector da aviação na Europa.