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Economia

Estado recruta 51 pessoas para organismo que não existe

Trabalho Técnicos integram a bolsa de recrutamento centralizado da Administração Pública e foram colocados num centro que está criado, mas inativo. Esperam desde abril para assinar contrato e começar a trabalhar

A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, tutela, em conjunto com o ministro do Planeamento, Nelson Souza, o PlanAPP, o centro de competências onde foram colocados os 51 técnicos que aguardam contrato

Não têm resposta desde abril, nem sinais de contrato de trabalho. Alguns estão já sem rendimento e outros deverão perdê-lo nas próximas semanas. 51 técnicos qualificados, admitidos na primeira fase do concurso de recrutamento centralizado da Administração Pública em 2019, foram colocados em abril deste ano no Centro de Competências de Planeamento, de Políticas e de Prospetiva da Administração Pública (PlanAPP). Um organismo do Estado, integrado na Presidência do Conselho de Ministros e sujeito ao poder de direção da ministra da Presidência Mariana Vieira da Silva, e do próprio primeiro-ministro António Costa, cuja missão é apoiar a definição de políticas públicas. Mas, apesar de formalmente constituído desde março, este centro permanece inativo e os trabalhadores recrutados aguardam há quase quatro meses para iniciar funções e assinar contrato com o Estado.

São 51, entre juristas, economistas, gestores, matemáticos, engenheiros, sociólogos e outros especialistas. Somam vários anos de experiência no sector privado e integraram em 2019 o primeiro concurso de recrutamento centralizado de técnicos para a Administração Pública. Depois de um longo processo de seleção e uma não menos longa espera pela prometida vaga num organismo público, foram notificados em abril deste ano da colocação no recém-criado PlanAPP.