Não há duas sem três. O Banco de Portugal (BdP) e o Ministério Público vão mesmo recorrer para o Supremo Tribunal de Justiça, após duas derrotas nos tribunais que decidiram pela absolvição da auditora do BES, a KPMG e cinco dos seus associados, num processo de contraordenação do BdP. Nenhum se conforma com a decisão e tentam agora que o Supremo se pronuncie sobre o que dizem ser um erro notório da apreciação da prova.
Segundo apurou o Expresso, esta é a primeira vez que o supervisor da banca recorre de uma decisão do Tribunal da Relação para o Supremo, tribunal de última instância. O supervisor da banca, liderado por Mário Centeno já tinha admitido avançar com um recurso, mas só o fez dado que a decisão da Relação não foi unânime: contou com um voto de vencido. O da juíza desembargadora Ana Isabel Pessoa, que de certa forma suporta a decisão de condenação do supervisor demarcando-se da decisão dos seus pares da Relação.