Economia

Bruxelas aprova entrada de investidor chinês na Mota-Engil

Depois do regulador do Brasil, a Direção-Geral da Concorrência da União Europeia não se opõe à entrada de investidor chinês no capital da Mota-Engil

António Mota aceitou títulos do Estado angolano como pagamento
FOTO RUI DUARTE SILVA

A entrada dos chineses da China Communications Construction Company (CCCC) no capital da Mota-Engil teve já a aceitação por parte de mais um regulador. A Direção-geral da Concorrência da UE não vê obstáculos à compra de 30% do capital da Mota-Engil pela CCCC. Segundo o relatório e contas de 2020 da Mota-Engil, além do regulador europeu, as autoridades brasileiras também já tinham aprovado a operação.

O processo ainda está a ser acompanhado em Portugal pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e por vários reguladores nos vários países da Europa, América Latina e África onde o grupo português liderado por António Mota desenvolve atividade.

A operação prevê a compra direta à família Mota de 23% do capital ao preço de 3,08 euros por ação – cerca do dobro da cotação atual. Segue-se um aumento de capital de 100 milhões de ações ao preço de 1,5 euros.

No final, a família Mota – que acompanha o aumento de capital - , baixará para a sua participação de 65% para 40% e o gigante chinês ficará com 30,01%.

A operação de emissão de 100 milhões de ações já foi aprovada pela Assembleia-geral de acionistas e deverá ocorrer em meados de maio.