Poucos dias depois do patrão Elon Musk ter afirmado que a bitcoin estava perto de ter maior aceitação pelos investidores, a Tesla anunciou esta segunda-feira que comprou 1500 milhões de dólares (cerca de 1250 milhões de euros) em bitcoins em janeiro. A explicação dada pelo fabricante de automóveis elétricos foi a diversificação de investimentos e a obtenção de maior rentabilidade, num panorama de baixas taxas de juro.
Mas, a surpresa dos investidores foi ainda maior quando a empresa de Musk comunicou também à SEC (regulador da bolsa dos EUA) que se prepara para aceitar a bitcoin como meio de pagamento.
Assim que foi conhecida comunicação da Tesla, os investidores voltaram-se para as bitcoins que depois de um pico de 44899 dólares, cotavam-se a meio da tarde desta segunda-feira em alta de mais 12% para 43599 dólares, segundo a Reuters. Desde o início do ano, a bitcoin já valorizou cerca de 50%.
“Acredito que assistiremos a uma aceleração na adoção da bitcoin pelas empresas agora que a Tesla deu o primeiro passo”, disse Eric Turner, vice-presidente da Messari, uma empresa de pesquisa e dados sobre criptomoedas. “Uma das maiores empresas do mundo tem agora bitcoin e, por extensão, todos os acionistas da Tesla ou mesmo de um fundo S&P 500 também ficam expostos”, acrescentou Turner, citado pela Reuters.
A Tesla não é a única empresa cotada que escolheu apostar na criptomoeda. MicroStrategy, fabicante norte-aericano de software, anunciou já que acumula reservas em criptomoeda desde agosto de 2019, por exemplo.
E também não é a primeira vez que os investidores andam à boleia de Musk. Este domingo, de forma algo cínica, o patrão da Tesla não hesitou em promover a Dogecoin, uma concorrente da Bitcoin e conhecida por ser uma “moeda piada”. O apoio de Musk foi acompanhado pelo do rapper Snoop Dog e do vocalista dos Kiss, Gene Simons, entre outras celebridades, o que levou a Dogecoin a disparar 65% em cerca de 24 horas, atingindo um nível recorde.