Economia

Nos e Vodafone assinam acordo de partilha de equipamentos de redes móveis

O acordo tem em vista o alargamento de cobertura nas regiões menos povoadas e deixa de fora a partilha de espectro. Por enquanto, está restrito às comunicações em 2G, 3G e 4G

A Nos e a Vodafone anunciaram um acordo de partilha de torres, mastros, antenas e amplificadores que suportam as redes móveis em locais de menor densidade populacional. O acordo tem em vista o alargamento da cobertura da rede, mas não prevê a partilha das faixas de frequências que foram atribuídas a cada uma das operadoras, explicam os comunicados da Nos e Vodafone.

As duas operadoras referem ainda que o acordo de partilha está, para já, restringido às segunda, terceira e quarta geração das redes móveis. No que toca à quinta geração das redes móveis, que vai ser sujeita a leilão até ao final do ano, os operadores deixam em aberto de prosseguir também com uma eventual partilha de equipamentos e infraestruturas.

A acomodação do 5G no presente acordo está dependente da decisão autónoma de cada operador de implementar ou não esta tecnologia”, explica o comunicado das duas operadoras.

Do ponto de vista técnico, o acordo de partilha aparenta ser um pouco diferente da solução preconizada pela Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom), com vista à implementação do “roaming nacional” como forma de racionalização de custos.

No caso do “roaming nacional”, prevê-se que os clientes de um operador sejam automaticamente direcionados para a rede de um concorrente sempre que não têm cobertura de uma rede com que estabeleceram contrato.

O acordo surge pouco depois de os líderes de Nos e Vodafone terem ido ao Parlamento lançar duras críticas ao regulamento de leilão proposto pela Anacom, que prevê a introdução de modalidades de roaming nacional – com especial destaque para um quarto operador que venha a entrar no mercado nacional para concorrer com Altice, Nos e Vodafone nas redes 5G.

Em complemento, nas zonas de maior densidade populacional, tipicamente maiores aglomerados urbanos, a Nos e a Vodafone irão explorar sinergias acrescidas na partilha de infraestrutura de suporte às redes móveis, alojando os seus equipamentos ativos nessas infraestruturas. Este movimento permitirá à NOS e à Vodafone racionalizar custos operacionais, favorecendo a prestação eficiente dos seus serviços”, explicam as duas operadoras.