Economia

“Orçamento do Estado de 2021 é o mais importante da década”

Projetos Expresso. Governo apresentou o Orçamento de Estado para tempo de crise provocada pela pandemia. O Expresso junta-se à PLMJ para discutir o futuro e analisar as previsões económicas para 2021

O ministro das Finanças João Leão entrega a Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República, o Orçamento do Estado 2021, que é "o mais desafiante e importante da última década", segundo Bruno Ferreira, managing partner da PLMJ
PEDRO NUNES

André Rito

“O Orçamento de Estado para 2021 é, seguramente, o mais desafiante e importante da última década.” A frase é de Bruno Ferreira, managing partner da PLMJ, e um dos oradores da conferência de amanhã – “OE 2021: o plano para a retoma”. Em declarações ao Expresso, o jurista diz que o atual contexto exige dos governos da Europa uma resposta que tem de, "simultaneamente, atender ao presente e acelerar a retoma num futuro muito próximo”.

O debate – emitido através da plataforma Teams e em direto no Facebook do Expresso – conta com a presença de Ricardo Arroja, economista, João Velez de Lima, sócio na área de fiscal da PLMJ, Isaque Ramos, sócio na área de fiscal da PLMJ e Augusto Mateus, ministro da economia do XIII Governo Constitucional.

Contactado pelo Expresso, Augusto Mateus mostrou-se reticente quanto à avaliação feita pelo Governo no que respeita ao tempo da crise e da pandemia de covid-19, com todos os impactos que têm sido conhecidos na atividade económica. “É um ponto que nos pode desviar da eficácia, contando com uma fase de saída de emergência no final do ano e imediata recuperação”, disse.

Considerando a fase de emergência e confinamento inicial, o ex-ministro da Economia lembra que estamos "numa fase de convivência com o vírus e de agudização da propagação da pandemia”. “Isto pode parecer um detalhe, mas é muito importante. Esta crise é um choque sistémico para todas as famílias e empresas, mas é também um choque com o sistema económico mundial.”

Augusto Mateus abordou ainda a questão do desemprego, compensado em parte com os incentivos e apoios excecionais durante a pandemia. "Há um conjunto de desequilíbrios. Os rendimentos não estão a ser suportados pela geração de riqueza, mas por défices públicos e privados”. O problema, diz, é que a crise é assimétrica. “Os valores médios nunca são bons conselheiros”.

Para o sócio da PLMJ, Bruno Ferreira, é fundamental a perspetiva económica, empresarial e jurídica do orçamento de estado. “Esperamos que a conferência da PLMJ contribua para uma análise mais fina deste instrumento que tanto impacto tem no ritmo de retoma do país e na vida das nossas empresas”.