Está a ganhar força a possibilidade de ser a banca, e não o Estado, a financiar o Fundo de Resolução, de maneira a capitalizar o Novo Banco. O Governo está a trabalhar com os bancos e as entidades reguladoras na criação de um sindicato bancário, que consista num empréstimo das instituições ao Fundo de Resolução para depois injetar o dinheiro no NB. Ora, os bancos querem que este financiamento tenha um prazo longo, de maneira a garantir que o fundo tem um modelo de receitas e responsabilidades sustentável, e este é um dos pontos em negociação entre os bancos e o FdR, avança esta quinta-feira o “Jornal de Negócios”.
Esta operação permite que o banco receba capital sem que seja o Estado a injetar no fundo, com os bancos ainda a quererem que o financiamento seja feito com uma taxa de juro mais em linha com o mercado - tal como já tinha sublinhado Miguel Maya, CEO do BCP.
No entanto, estes avanços não significam que o NB fique arredado de receber financiamento público. O “Negócios” apurou que o Governo tem-se mostrado indisponível, nas reuniões que estão a ser realizadas, para retirar do OE a verba para o Novo Banco, algo que o Bloco de Esquerda vê como uma linha vermelha.