Economia

Negociações para ser a banca a emprestar dinheiro ao Novo Banco chegam a bom porto, garante o “Negócios”

Bancos estão disponíveis para financiar o Fundo de Resolução caso o empréstimo tenha um prazo longo, de forma a ser sustentável, diz o “Jornal de Negócios”

João Oliveira e Costa (BPI), António Ramalho (Novo Banco), Paulo Macedo (CGD) e Miguel Maya (BCP)

Está a ganhar força a possibilidade de ser a banca, e não o Estado, a financiar o Fundo de Resolução, de maneira a capitalizar o Novo Banco. O Governo está a trabalhar com os bancos e as entidades reguladoras na criação de um sindicato bancário, que consista num empréstimo das instituições ao Fundo de Resolução para depois injetar o dinheiro no NB. Ora, os bancos querem que este financiamento tenha um prazo longo, de maneira a garantir que o fundo tem um modelo de receitas e responsabilidades sustentável, e este é um dos pontos em negociação entre os bancos e o FdR, avança esta quinta-feira o “Jornal de Negócios”.

Esta operação permite que o banco receba capital sem que seja o Estado a injetar no fundo, com os bancos ainda a quererem que o financiamento seja feito com uma taxa de juro mais em linha com o mercado - tal como já tinha sublinhado Miguel Maya, CEO do BCP.

No entanto, estes avanços não significam que o NB fique arredado de receber financiamento público. O “Negócios” apurou que o Governo tem-se mostrado indisponível, nas reuniões que estão a ser realizadas, para retirar do OE a verba para o Novo Banco, algo que o Bloco de Esquerda vê como uma linha vermelha.