Foram os grandes bancos portugueses que deram início, em 2002, à troca de informação privada e confidencial sobre créditos, como spreads nos empréstimos à habitação. Um documento interno da Caixa Geral de Depósitos, contendo dados relativos a créditos à habitação do BCP, Santander, BES, BPI e Montepio, é a prova mais antiga que foi utilizada pela Autoridade da Concorrência (AdC) no inquérito que terminou com a condenação a 14 bancos ao pagamento de uma coima global de €225 milhões, de acordo com a versão confidencial da decisão, consultada pelo Expresso. Os bancos estão a contestar as conclusões em tribunal.
Uma folha de cálculo elaborada pela CGD em maio de 2002 contém dados e uma “análise detalhada” sobre as comissões praticadas pelos concorrentes sobre crédito à habitação. A fonte daquela informação era múltipla: as “direções de marketing das outras instituições de crédito”. “Atento o grau de detalhe e precisão das informações relativas a comissões contidas no documento referido no parágrafo anterior, considera-se que o seu conteúdo não era público, era sensível e estratégico”, sublinha a AdC no documento.
Este é um artigo exclusivo. Se é assinante clique AQUI para continuar a ler. Para aceder a todos os conteúdos exclusivos do site do Expresso também pode usar o código que está na capa da revista E do Expresso.
Caso ainda não seja assinante, veja aqui as opções e os preços. Assim terá acesso a todos os nossos artigos.