A taxa de juro (yield) da dívida portuguesa a 10 anos desceu, esta segunda-feira, para 1,234%, um novo mínimo histórico no mercado secundário, onde os detentores de Obrigações do Tesouro trasacionam os títulos.

A menos de um dia de se conhecer a previsão do Fundo Monetário Internacional para o crescimento da economia da zona eur em 2019 e a 48 horas da reunião de políytica monetária do Banco Central Monetário (BCE), as taxas de juro prosseguem a trajetória descendente. Na sexta-feira, a agência canadiana DBRS subiu a perspetiva do rating português para "positiva" abrindo a porta a uma subida, em reuniões futuras, da notação para BBB+.

No mercado primário, de emissão das obrigações pelo Estado a 10 anos, o mínimo histórico registado em leilão de dívida está em 1,298%, ocorrido na operação de 13 de março. O Tesouro deverá voltar ao mercado de emissão de obrigações este mês.

Fruto da descida das taxas de remuneração pagas nas operações do Tesouro nos diversos prazos, o juro médio da dívida emitida em 2018 desceu para 1,8%, um mínimo histórico, que se mantém nos dois pos primeiros meses de 2019.

As previsões para a continuação de um abrandamento económico na zona euro e a necessidade do prolongamento de uma política de estímulos por parte do BCE (que já comunicou que não sobe, pelo menos, as taxas diretoras até final deste ano) têm alimentado uma tendência de descida das taxas de juro da dívida pública dos países da zona euro.