Com uma população de pouco mais de 47 milhões de habitantes e uma área de 677 mil quilómetros quadrados a Birmânia é o maior país continental do sudeste asiático, mas também um dos mais desabitados, com uma densidade populacional de 75 habitantes por quilómetro quadrado.
A Birmania ou Myanmar, nome dado pela junta militar que governa o país, é banhada pelo golfo de Bengala e fica entalada entre a Tailândia, o Laos, a China, a Índia e o Bangladesh.
As principais cidades são a capital, Rangum, com 5 milhões de habitantes e Madalay com 2.5 milhões, mas está a ser terminada a construção de Nyapidaw, que se erguerá no centro do país e foi pensada de raiz para ser a nova capital da nação birmanesa.
O drama dos refugiados
A média de idades entre homens e mulheres ronda os 27 anos. Muitas destas pessoas, vítimas da repressão e da pobreza, são obrigadas a procurar uma vida melhor fora de portas.
Estima-se que cerca 80% da força laboral estrangeira na Tailândia seja formada por birmaneses, ou seja 600 mil seres humanos, embora existam milhões a trabalhar ilegalmente.
Os refugiados, segundo uma estimativa muito optimista, rondarão os 300 mil, espalhados por vários campos nas fronteiras do país, com a Índia, Bangladesh ou Tailândia.
País de imensos contrastes, que vão desde as florestas tropicais até montanhas com mais de cinco mil metros, como a cordilheira de Hkakabo Razi, a Birmânia possui também uma imensa diversidade étnica, com 135 grupos distintos reconhecidos pelo governo, sendo os principais os birmaneses, os Shan e os Karen.
Línguas há muitas
A língua mais falada é o birmanês, mas o país possui quatro grandes famílias linguísticas distintas, para além de inúmeros dialectos tribais.
A cultura predominante, tal como a religião, é a budista que conta com 90 por cento da população, como provam as centenas de Pagodes e templos espalhados de forma orgulhosa de norte a sul do país. Os restantes dez por cento dividem-se entre cristãos e muçulmanos.