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Luis Sepúlveda (1949-2020). O antigo guerrilheiro que se tornou escritor errante

Luis Sepúlveda, um dos mais reconhecidos e populares autores latinoamericanos das últimas décadas, morreu esta quinta-feira em Oviedo, vítima da Covid-19. Deixa uma obra extensa e a aura de exímio contador de histórias, fascinado com as revoluções perdidas, a natureza e a memória dos vencidos

Luis Sepúlveda, autor de uma obra com um elemento recorrente: o elogio visceral dos vencidos que não abdicaram daquilo em que acreditavam
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A 20 de fevereiro, na Póvoa de Varzim, o escritor Luis Sepúlveda dirigiu-se mais uma vez ao numeroso público do festival Correntes D’Escritas. Veterano do encontro, em que participou regularmente desde a primeira edição, sentiu-se como peixe na água ao abordar o tema da mesa-redonda: “Era uma vez a liberdade.

Não só a formulação remetia para as fábulas, género que praticou amiúde (de “História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar” a “História de um caracol que descobriu a importância da lentidão”), como o conceito de liberdade, a par dos combates para a conquistar e defender, sempre foi um dos temas centrais da sua escrita. “Suprema aspiração de um homem e síntese perfeita de tudo o que se pode e deve alcançar”: eis a definição que deu de liberdade, antes de evocar a figura de Spartacus e de denunciar o silêncio mediático em torno do assassinato de ecologistas, ambientalistas e responsáveis por reservas indígenas na América do Sul.

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