“Morte ao ditador!”, gritam. “Morte ao ditador”, continuam. Falam de vergonha, param as estradas e impedem os carros de passar. “Sem honra! Sem honra”, entoam enquanto erguem os braços. “Somos os filhos da guerra. Querem guerra? Vamos a isso.” Dezenas de protestantes saíram às ruas de Teerão para criticar o regime e os líderes iranianos de atos violentos. Nos últimos dias arrancaram cartazes, percorreram as estradas, e voltaram a gritar: “morte ao ditador”.

As imagens foram gravadas entre os dias 11 de 13 de janeiro nas ruas da capital do Irão. Os protestantes são maioritariamente jovens - os tais filhos da guerra que nasceram durante a revolução do Irão - que se começaram a revoltar após o Governo iraniano ter admitido o erro ao abater um avião da “Ukraine International Airlines” há uma semana, vitimando 176 pessoas. Os vídeos foram obtidos através do “Iran Liberation Congress” (ILC), um movimento de oposição pacifista sediado na Califórnia com vasto apoio em toda a América do Norte, que teve acesso a imagens exclusivas dessas manifestações e partilhou-as com o Expresso, um dos vários media internacionais contactados. Note-se que o Expresso não pôde verificar totalmente a autenticidade dos vídeos em causa, mas o jornal “The New York Times” publicou gravações semelhantes no último fim de semana, repletas de slogans como “morte ao ditador”, segundo a tradução disponibilizada.

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