Na praia de Seaham passeia-se à procura de fragmentos de vidro que o mar arredondou. Na maioria brancos, por vezes coloridos, ao mesmo tempo baços e translúcidos, fazem as delícias ou a fortuna de quem os apanha. Se quiser ver, google “Seaham beach glass”. Estas falsas pedras, que servem para fazer joias ou obras de arte, são também vestígio do passado industrial do Norte de Inglaterra: trata-se dos restos mortais da Seaham Bottleworks, fábrica vidreira que funcionou nesta costa de deslumbrante beleza desde o século XIX, até encerrar em 1921. Aqui há indústria química, siderurgia, minas e estaleiros há mais de mil anos.
Sunderland continua a ser industrial, como todo o Norte e centro de Inglaterra. Manufaturas, fábricas de automóveis, fármacos e, mais recentemente, engenharia e novas tecnologias subsistem num local onde impera a fábrica da Nissan, que ameaça sair por causa do Brexit. O abastecimento da indústria também alimenta a economia regional, como atestam as centenas de camiões na autoestrada que rasga Inglaterra de norte a sul.
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